Para suprir a carência dos recém-nascidos são necessários de 08 a 10 litros por dia

O Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Escola Santa Mônica (Mesm) faz um apelo às mulheres que estão amamentando para se tornarem doadoras de leite materno, alimento precioso para os recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) da Mesm.

De acordo com a pediatra e coordenadora do BLH da Santa Mônica, Andréa Pinheiro, este início de ano está divergindo dos anteriores. “Normalmente no início do ano recebemos bastante doação, mas infelizmente 2013 não nos trouxe boas notícias. Estamos com nosso estoque zerado”, afirmou.

Os bebês da maternidade necessitam de, em média, 08 a 10 litros de leite materno ao dia, “mas, na última semana, ficamos parados por 04 dias sem pasteurizar, pois não temos estoque”, relatou Andréa.

Por se tratar de uma maternidade com perfil de alto risco, o índice de bebês prematuros e mães impossibilitadas de amamentar é maior, o que exige a manutenção do número de doadoras. “Muitas de nossas pacientes possuem alguma doença ou ainda estão fazendo uso de algum medicamento, a exemplo de antibióticos, desse modo, não podem doar o leite, nem mesmo amamentar seus bebês”, esclareceu a pediatra.

Para se tornar doadora as mulheres com excesso de leite podem procurar a maternidade, localizada na av. Comendador Leão, no Poço, ou ligar para o número (82) 3315.4434.

A doadora deve estar saudável, ou seja, quem fez o pré-natal, basta apresentar os exames realizados durante o período. Quem não tem os exames, pode fazê-los na própria maternidade. Os exames realizados detectam doenças que inviabilizam a doação do leite, como é o caso da AIDS, hepatite, toxoplasmose, entre outras.

“Trata-se de cuidados para garantir a saúde do bebê prematuro. Porém, a partir do primeiro contato, o BLH encaminha um Bombeiro ou um profissional do setor para orientar a doadora, auxiliar no processo de ordenha ou buscar o leite doado”, ressalta a coordenadora.

Além da doação do leite materno, Andréa explica que toda população pode contribuir com a iniciativa: “precisamos de vidros de maionese ou café solúvel para armazenamento e pasteurização do leite”. Ela reforça, que devido à escassez do material em virtude do uso de sachês pelas indústrias, a maternidade vem tendo dificuldade também para conseguir o material.