Exame identifica doenças graves e tratamento em serviços de referência evita sequelas
Na semana em que se comemora o teste do pezinho (6 de junho), Alagoas também tem motivos para se alegrar, pois está entre os Estados Brasileiros que chegaram à fase IV da triagem neonatal, atingindo 85% de cobertura na realização do teste do pezinho em bebês nascidos vivos no ano de 2013, abrangendo os 102 municípios alagoanos, triando todas as doenças preconizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e no período ideal para iniciar os tratamentos sem sequelas.
De acordo com Fátima Cunha, responsável pelo Laboratório Especializado contratado pelo Serviço de Referência Estadual de Triagem Neonatal – Casa do Pezinho, da Maternidade Escola Santa Mônica, as coletas para o teste do pezinho devem ser realizadas preferencialmente entre o terceiro e o quinto dia de vida do recém-nascido. “É importantíssimo que as coletas do teste do pezinho sejam diárias nos postos de saúde, contando com uma demanda espontânea, facilitando a disponibilidade dos pais para levar os bebês”, salientou Fátima.
Ela explicou ainda que, caso os pais não consigam realizar o teste no período ideal, devem levar o bebê ao posto de saúde mais próximo à sua residência, o mais rápido possível, para realizá-lo.
No caso de identificação de alguma patologia, a criança deve iniciar o tratamento imediatamente sob pena de ficar com graves sequelas. Nesse sentido, para dar maior celeridade ao processo, sempre que ocorre resultado positivo para uma das doenças, o próprio laboratório entra em contato com a família do bebê e com o Posto de Saúde. “Trata-se de sequelas irreparáveis, por isso o tratamento deve ser iniciado imediatamente”, destacou.
Todos os casos identificados no Estado de Alagoas são encaminhados para o Serviço de Triagem Neonatal – Casa do Pezinho, da Maternidade Escola Santa Mônica, onde contam com acompanhamento de equipe multidisciplinar que inclui assistente social, psicólogo, pediatra, endocrinologista, hematologista, nutricionista, além de equipe de apoio.
As doenças detectadas pelo teste do pezinho básico são:
- Fenilcetonuria: causa comprometimento neurológico no desenvolvimento da criança;
- Hipotireoidismo congênito: pode levar ao retardamento mental e a má formação física;
- Anemia falciforme: pode levar a alterações em todos os órgãos e sistemas do corpo;
- Hiperplasia adrenal congênita: faz com que a criança tenha uma deficiência hormonal de alguns hormônios e um exagero na produção de outros, que pode, inclusive, levar à morte;
- Fibrose Cística: leva à produção de uma grande quantidade de muco, comprometendo o sistema respiratório e afetando também o pâncreas;
- Deficiência de biotinidase: pode levar a convulsões, falta de coordenação motora, atraso no desenvolvimento e queda dos cabelos.
Serviços de referência para o atendimento de bebês identificados com doenças através do teste do pezinho:
MATERNIDADE ESCOLA SANTA MÔNICA (MESM)
Fenilcetonuria, Hipoteridismo, Hiperplasia e Biotinidase
(82) 3315-3948
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALBERTO ANTUNES (HUPPA)
Fibrose Cística – (82) 3202-3800
HEMOCENTRO DE ALAGOAS (HEMOAL)
Doença Falciforme – (82) 3315-2105/2110
HEMOCENTRO DE ARAPIRACA (HEMOAR)
Doença Falciforme – Região Agreste – (82) 3521-4934
LABORATÓRIO ESPECIALIZADO EM TRIAGEM NEONATAL
Rua Hamilton de Barros Soutinho, 635, Jatiuca Maceió/Al – (82) 3327.2399