“Funcionamento da Santa Mônica está dentro da normalidade”, diz gerente da Santa Mônica

Dr. José Carlos explica situação da MESM a imprensa

Dr. José Carlos explica situação da MESM a imprensa

A gerência geral da Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), unidade complementar da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, se reuniu com o corpo técnico da unidade maternal para averiguar o que motivou os cinco casos de morte por infecção hospitalar e recebeu técnicos da vigilância sanitária para vistoria da UTI. Segundo o gerente-geral da unidade, José Carlos Silver, o funcionamento está dentro da normalidade. Para tanto, foram transferidos cinco bebês para outras unidades hospitalares. “Uma medida seria fechar a UTI-NEO para novos internamentos e reduzir o índice de ocupação, mas, neste caso, incorreria no risco de ser acusado de negar socorro e até ser acionado. Por esse motivo, vamos continuar tentando distribuir nossos pacientes com outras unidades hospitalares”, enfatiza.
A maternidade atende pacientes de alto risco de todo Estado e do dia 1º de abril até hoje (28), morreram 21 recém-nascidos, destes, cinco tiveram morte diagnosticada por infecção hospitalar tardia, ou seja, adquirida na unidade maternal. “O que as pessoas precisam entender é que existe uma diferença entre morte fetal e morte por infecção. Os números registrados este mês estão de acordo com o que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, ressaltou.
Até a manhã desta terça-feira, a maternidade estava com 18 bebês na UTI e 22 na UCI. Para José Carlos a superlotação constante impossibilita a maternidade de realizar normas e procedimentos preconizados pela OMS. “Se tenho capacidade para 18 bebês e não consigo baixar esse número, nossa capacidade instalada fica comprometida. Apesar disso, reforço que somos uma unidade que atende pacientes de alto risco, com mais chances de óbitos do que outras unidades”, explica José Carlos.
O diretor enfatizou que o qualitativo do atendimento da maternidade é o que preocupa toda sua equipe, que sofre com o número reduzido de neonatologista e com abastecimento inadequado, pois alguns fornecedores não cumprem com o contrato. “Minha ação urgente seria contratação de neonatologistas e a conclusão da reforma da UTI para adequação dos leitos existentes aos padrões técnicos determinado pela OMS”, finalizou.