Vigilância Sanitária conclui que não houve surto de infecção na Maternidade Santa Mônica

Gestores concordam que pré-natal na atenção básica dos municípios precisa melhorar

Gestores da Saúde concluíram que não houve surto de infecção

Gestores da Saúde concluíram que não houve surto de infecção

Gestores da Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), Secretaria de Estado da Saúde (SESAU), Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) e Vigilância Sanitária se reuniram na quinta-feira, 29, na maternidade e após análise do relatório apresentado pela MESM e da conclusão da visita técnica realizada pela Vigilância Sanitária no dia anterior, concluíram que do ponto de vista sanitário não houve nenhum tipo de surto de infecção, descartando qualquer possibilidade de fechamento da maternidade de alto risco. “Não houve aumento no número de morte e sim redução. A maternidade reduziu o número de mortes em 26% nos últimos quatro anos. Nosso papel agora é tranqüilizar a população.”, enfatizou o secretário de estado da saúde, Herbert Motta.
Por se tratar de uma maternidade de alto risco, receptora de pacientes com a saúde comprometida, extrema pré-maturidade, má formação, cardiopatas entre outros problemas, o índice de morte neonatal considerada aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 10% a 12%. Nos casos de processos infecciosos tardios, o índice aceitável é de até 30%. “Reconhecemos que temos muitas dificuldades. Vamos adequar o espaço físico. Nosso compromisso é de regularizar, amparar e resolver os problemas de nossas unidades, e temos a SESAU como parceira”, destacou a reitora da UNCISAL Rosangela Wyszomirsrka.
O ponto crucial, que na opinião da reitora é essencial para o trabalho da Santa Mônica junto às gestantes, ainda é a assistência básica de saúde. “As gestantes do Estado precisam de acompanhamento e orientação. Elas vêm de todos os municípios alagoanos e os recém-nascidos, consequentemente, já chegam comprometidos”, reforçou a reitora.
O gerente geral da Santa Mônica, José Carlos Silver, complementou a opinião da reitora. “Diariamente recebemos pacientes que não fizeram pré-natal, que procuram o médico na hora das dores do parto e quando é identificada a complexidade da paciente ou ocorre o nascimento de prematuro extremo, os pacientes são encaminhados para a Santa Mônica. Se conseguirmos amenizar esse tipo de situação, com certeza teremos mais sucesso nos procedimentos médicos, pois o traslado e o período sem atendimento adequado compromete o quadro demasiadamente”, finaliza.