Santa Mônica realiza capacitação do protocolo do ‘teste da linguinha’

Lei que obriga o exame antes da alta hospitalar visa garantir a amamentação e evitar o desmame precoce

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Conceição avaliando o frênulo lingual

O Setor de Fonoaudiologia da Maternidade Escola Santa Mônica (MESM) realiza nas terças-feiras, 9  e 16 de junho, das 13h às 18h, o curso teórico-prático ‘Avaliação do Frênulo Lingual: reflexões na saúde do recém-nascido’, mais conhecido como teste da linguinha, que será realizado no auditório térreo, tendo como público-alvo os servidores da área de saúde que trabalham com o manejo da amamentação na MESM.

O curso será ministrado pela Professora Mestra Adriana de Medeiros Melo, e tem como objetivo capacitar o maior número de profissionais possível, desenvolver esse conhecimento em benefício da amamentação dos bebês nascidos na maternidade, especialmente os prematuros, e cumprir a determinação da Lei municipal nº 6.241, que regulamenta a obrigatoriedade da realização do ‘Teste da Linguinha’ nas maternidades e hospitais de Maceió, antes do recém-nascido ter alta.

De acordo com a coordenadora de fonoaudiologia da MESM, Conceição Pessoa, o exame é importantíssimo para o processo de amamentação, mastigação e fala.

Ela explica que algumas pesquisas comprovam a importância do diagnóstico e intervenção precoce dessa alteração. Para se ter ideia estudos apontam que, a cada 10 mil crianças nascidas, 22,54% têm alterações do frênulo lingual, sendo muito frequente no período neonatal.

“O teste pode ser feito até o sexto mês, mas é importante que seja realizado o mais cedo possível. Com o cumprimento dessa lei, que obriga a realização do exame antes da alta hospitalar, será possível evitar dificuldades na amamentação, possível perda de peso e, principalmente, o desmame precoce, com introdução desnecessária da mamadeira”, explicou Conceição.

O Teste da Linguinha é realizado por meio da aplicação de um Protocolo eficaz e rápido, o mesmo que será ressaltado no curso. Além disso, não provoca dor. O fonoaudiólogo é um profissional habilitado para a realização da avaliação, tanto da sucção não-nutritiva como da nutritiva.

“Para que o protocolo se torne rotina, é imprescindível que as equipes multiprofissionais entendam os benefícios e acolham essa prática, como já foi feito anteriormente com o teste da orelhinha e do olhinho”, finalizou Conceição.